CÓDIGO BRASILEIRO DE STEWARDSHIP
Sobre Stewardship
O mercado de capitais é primordial fonte de financiamento do desenvolvimento sustentável de um país. Sendo assim, os investidores institucionais, sejam gestores de recursos ou fundos de pensão, têm papel fundamental no processo de aperfeiçoamento de práticas sustentáveis.
A participação dos acionistas no relacionamento com as empresas investidas ainda não é prática comum no Brasil. Há várias explicações para essa lacuna cultural, mas talvez a principal esteja relacionada ao próprio estágio de desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Em meio a esse contexto de engajamento, stewardship se traduz na visão de que o relacionamento entre empresas e investidores institucionais deve se pautar por práticas de governança e princípios que refletem a sustentabilidade dos negócios e a responsabilidade dos acionistas.
Ao lançar o Código Brasileiro, a AMEC e a CFA Society Brazil têm como objetivo desenvolver e disseminar a cultura de Stewardship no Brasil, promovendo o senso de propriedade nos investidores institucionais e criando padrões de engajamento responsável. O grupo entende que o desenvolvimento de atividades de stewardship por investidores institucionais promoverá a adoção de boas práticas de governança corporativa e criará valor para as empresas, pois investidores mais ativos levarão as empresas a ter processos mais estruturados de gestão dos seus negócios e de mitigação dos seus diversos riscos.
O Código Brasileiro privilegia a essência sobre a forma, sendo, portanto, baseado em princípios: uma bússola, e não uma prescrição. A eficácia dos códigos prescritivos tem sido questionada, pois estes parecem ter criado a mentalidade de “cumprir tabela” (box ticking mentality) tornando sua adesão meramente superficial, com poucos efeitos práticos. O que se pretende é iniciar um processo de mudança de cultura de gestão e propriedade de valores mobiliários ao longo do tempo.
Confira os detalhes do Código Brasileiro e como se tornar signatário nas próximas páginas!